Um
levantamento feito pela plataforma MEI Fácil mostra que, neste ano, 23% dos
empreendedores consultados decidiram abrir um CNPJ por conta de não conseguirem
se alocar no mercado de trabalho novamente.
No total, mais de um milhão de novos CNPJ do tipo MEI (Microempreendedor Individual) foram abertos no primeiro semestre de 2018, 15% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Com um negócio próprio, microempreendedores têm encontrado uma saída de renda que os coloca novamente como agentes ativos no cenário econômico.
No total, mais de um milhão de novos CNPJ do tipo MEI (Microempreendedor Individual) foram abertos no primeiro semestre de 2018, 15% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Com um negócio próprio, microempreendedores têm encontrado uma saída de renda que os coloca novamente como agentes ativos no cenário econômico.
A
Juliana Rezende, 32 anos, abriu o MEI em agosto desse ano, depois de ficar sem
emprego. Ela se formou em Pedagogia em 2017 e trabalhava na área. Só que a mãe
ficou doente e Juliana optou por cuidar dela. Paralelamente ela fazia trabalhos
manuais, como crochê, em especial a técnica amigurumi (são como peças de feltro
ou pelúcia, revestidas por uma manta de crochê feita à mão). Infelizmente a mãe
faleceu e Juliana ficou sem trabalho fixo.
“Eu
faço crochê desde 2011, mas nunca pensei em trabalhar somente com isso, era um
complemento. Um hobby, até uma terapia. Nesse tempo todo, trabalhei em vários
lugares, fiz faculdade, mas não parei com o crochê”, lembra.
“No
fim do ano passado minha mãe faleceu, aí no início desse ano resolvi me
informar sobre o MEI mas só em agosto abri, pelo fato da contribuição do INSS e
pra tornar meu trabalho mais profissional. Eu achei bacana pois com o CNPJ
tenho descontos nos materiais de trabalho, posso pegar empréstimo pra abrir meu
negócio, emito nota fiscal, boleto. Só me ajudou”, comemora.
“A
falta de emprego compromete a renda de camadas sociais inteiras, mas explica
também a busca de diversos brasileiros por saídas autônomas, que por sua vez
refletem o crescimento na abertura de MEIs. A informalidade também tem perdido
espaço porque limita o alcance desses negócios, logo, além de uma saída pessoal
para o empreendedor, pode ser considerada também uma saída econômica”, afirma
Rodrigo Salem, sócio-fundador da MEI Fácil.
Atualmente,
são quase sete milhões de MEIs no País – cerca de 1,5 milhão apenas no Estado
de São Paulo. São profissionais em mais de 500 atividades que podem ter renda
anual de até R$ 81 mil e contratar um funcionário.
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